Sistema nervoso sensível: será que ele é…?

Quando queremos compreender como o sistema nervoso reage a situações que podem ameaçar o corpo, reunimos tudo isso em uma expressão única: sensível. Neste caso, significa mais alerta, mais ligado, mais reativo e/ou sensibilizado. Isso também significa que o sistema nervoso fica mais nervoso e mais atento aos estímulos e potenciais reações. Na linguagem da neurociência, o sistema nervoso amplifica sua atividade neuronal. Tipo o som que estava no volume 5, agora está no volume 7, o que chama mais a atenção.


No estudo da dor, o sistema nervoso sensível é como um alarme ligado frente a ameaça. O sentidos (visão, audição e/ou tato) ficam mais aguçados e a dor ganha um tico tico a mais de intensidade, persistência e as vezes instabilidades (tipo altos e baixos). 


O que é então o sistema nervoso nos quadros de dor? Será que ele é…


Sensível? Sim e isso varia muito de pessoa para pessoa, entre dor aguda e dor crônica. Humor, sono e nível de cansaço interferem demais. Deixam nosso amigo doloroso mais sensível. Tipo Bon Jovi em fim de carreira. 

Doloroso? Todos nós somos dolorosos(as)! Rock é sempre assim!

Chiliquento? Sim, mas com tendência mais escandalosa nos quadros mais complexos, com incapacidades funcionais, bandeirões amarelos e comportamento doloroso. Tipo Tim Maia reclamando sempre da qualidade do som e da caixa de retorno de sua voz. 

Ameaçado? Sim e por isso que as reações são fisiológicas protetoras (sensibilização periférica e central). Com a persistência da dor, observa-se com frequência uma sensibilização central disfuncional ao estilo trash metal pois ninguém entende nada, sacode a cabeça e acha irado.

Camarada? Não. Amigo não faz isso com amigo! 
Parceiro? Quando o assunto é dor, nem por um decreto!
Gente boa? Só cariocas como eu mesmo!


Em resumo: para ser bem sucedido no quesito alivio da dor persistente, faça as pazes com seu sistema nervoso. Ele é o que ele é…Nervoso…e nada mais!

Artur Padão

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