Fórum Internacional de Fisioterapia Baseada em Evidências na Dor Aguda e Crônica – tema central Coluna Vertebral
Nos dias 24 e 25 de outubro tivemos o Fórum acima citado em São Paulo. Foi um evento em parceria com a SOBRAMID (Sociedade de Médicos Intervencionistas em Dor) e organizado pelo parceiro Rodrigo Vasconcelos e seu grupo que trabalham em Campinas.
Sempre acredito na importância de eventos como esse para explorar e valorizar o estudo da dor entre os fisioterapeutas, ainda carentes de neurofisiologia e neurociência dolorosa. Vários colegas próximos discursaram sobre as evidências e sua experiência pessoal no tratamento e manejo da dor aguda e crônica, desde modelos anatômicos e biomecânicos, neurofisiológicos até modelos cognitivo comportamentais para explicar a dor.
Eventos são para aprender e socializar corpo a corpo com o eleitorado. Pude conhecer muitas “pessoas pessoalmente” as quais só tinha visto a foto pelo facebook (exceto quando a foto é um copo de cerveja ou filho pequeno ou algo ainda misterioso). Imperdível!
A discussão do tema dor entre fisioterapeutas, apesar do discurso biopsicossocial, ainda fica centrada em um modelo biomédico. Aprendemos a ser assim, agimos assim. Porém, foi unanime o reconhecimento sobre um modelo que valorize mais a relação entre o terapeuta e o paciente, sabendo que a dor vai além de um simples machucado no corpo. Por isso, devemos cada vez mais mergulhar na areia movediça do estudo da dor: você fica preso, vai afundando cada vez mais, mas consegue sair! E depois mergulha mais uma vez!
É muito importante aprendermos sobre dor com aqueles que já transitam da sensibilização periférica até a sensibilização central, da dor aguda para a dor crônica, e que já “pulam amarelinha” muito antes de aprendermos a fazer a barba ou a escovar o cabelo. Exemplos são o Mick Jagger / Rolling Stones / Led Zepellin do estudo da dor, Heráclito Gurgel, Palmiro Torrieri, Marco Antonio Araujo e Ricardo Regi. A estes devemos dolorosamente seguir e desvendar os mistérios da dor que perpetuam nossas dúvidas no dia a dia! E seguir nossa “prática baseada em evidências”.
Artur Padão – Dorterapeuta