Fugir dos cuidados com a saúde não é novidade para as pessoas. Mais da metade dos brasileiros são sedentários e boa parte já tem alguma doença crônica mesmo adultos jovens. Porém, quando o assunto é dor, todo mundo corre atrás quando a dor não vai embora. Mas, quando a dor é meio incomum, em um lugar “tabu”, o cuidado com a saúde se torna um mito.
No universo feminino, as dores na pelve representam cerca de 50% dos atendimentos em centros de dor e 10% das consultas na ginecologia. E faz parte da vida das mulheres, desde adolescente, ir ao ginecologista. No mundo próprio masculino, essa prevalência é incerta. E porque? Pouco se sabe sobre a dor pélvica em homens. Vergonha? Preconceito? Tabu? O que se sabe é que apenas 10% dos homens procuram um urologista quando alguma coisa o incomoda. Há aqueles ou aquelas que ousam dizer que a dor pélvica é mais comum nos homens do que nas mulheres. Será?
Quando se identifica alguma doença ou patologia, como um câncer, infecção ou inflamação, tratamentos são propostos e que podem ajudar a resolver o problema. A grande questão, que também atinge o sexo oposto, é a síndrome de dor pélvica que tende a se tornar crônica. Não se sabe os motivos e não se encontra os motivos. So se sabe que dói.
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Estudos mostram que os músculos na dor pélvica crônica não desligam de jeito nenhum, provocando tensão na região genital e levando a diversas dificuldades, desde a hora H em si até mesmo dor ao urinar, número 2, sentar numa cadeira, espirrar e por ai vai. Na verdade, o problema não é só muscular. Existem teorias que explicam uma hipersensibilidade no sistema nervoso, que mantém vários sistemas em alerta vermelho.
Ainda é um mistério a dor pélvica em homens, um grande tabu, de forma silenciosa e aparentemente tímida. Afinal de contas, todo mundo teria medo do grande dedo com luva. Isso não fará a menor diferença em relação a dor pélvica masculina, mas certamente causa um impacto doloroso visual.
O que fazer? Procurar ajuda médica, procura ajuda fisioterapêutica e até mesmo procurar ajuda psicológica. Homens lidam de forma diferente do que as mulheres com sua saúde, então o impacto é diferente também. Na fisioterapia, se avalia o impacto da dor e nos prejuízos na funcionalidade, tendo que examinar também a pelve, órgãos sexuais, músculos e ver se os músculos estão funcionando corretamente. Enfim, é um trabalho super especializado, mas necessário.
Homens do Blog das Dores Crônicas: se cuidem sim!
Artur Padão