A intensidade da dor é uma importante característica responsável pela perturbação diária de pessoas com dor persistente. Subjetivamente falando, julgamos a intensidade de acordo com o que a gente acha. Por isso, é difícil identificar exatamente uma quantidade de dor sentida, apesar de existirem instrumentos clínicos que tentam fazer isso.
Muitas pessoas usam a intensidade da dor como guia de suas atividades. Mais dor, menos atividades. Menos dor, mais atividades. Se dói intensamente o tempo todo, então teremos mais repouso e mais incapacidade.
Tentando julgar o que as pessoas sentem de dor, intensidade “de leve” traz algumas dificuldades, reduz a capacidade das atividades e enche o saco um pouquinho. Um tédio com um T bem grande pra você.
Para complicar a vida, a intensidade moderada a super hiper intensa provoca incapacidades diversas, estressa qualquer um e “psicologica” fortemente.
Pode até ser que a dor light seja bem tolerada, mas a dor intensa amigo…o bicho pega.
Outro problema é a variação abrupta da intensidade. São pouco tolerados também os picos de alta intensidade, deixando as “pernas bambas”.
Atenção especial a intensidade nunca é demais. Afinal de contas, a elevada intensidade da dor está diretamente relacionada aos mecanismos de cronificação.
Dores de alta intensidade a longo prazo são difíceis de controlar, consomem a energia do terapeuta e do paciente. Mas, vamos lá firme e forte no combate.
“Ninguém sabe o duro que dei, pra ter fon fon trabalhei trabalhei”!
Artur Padão – Dorterapeuta