Um momento da dor mais intensa. Um episódio de dor ao extremo. Ou simplesmente “um tiro que ficou na culatra”. E do nada a dor melhora vários segundos depois. A esse aumento abrupto e alivio imediato chamamos de paroxismo, ou dor paroxística. Existem vários outros exemplos como ataques de tosse, asma, convulsão, histeria e nossa “amiga” dor.
Sem uma causa física ou emocional definida, os dolorosos ataques paroxisticos são altamente limitantes para as pessoas, gerando uma ansiedade absurda para se saber quando teremos um próximo.
Dentre as síndromes dolorosas, as mais comumentes associada ao paroxismo são a neuralgia do trigêmeo, a dor de cabeça hemicrania e algumas dores de dente. Na neuralgia do trigêmeo (a mais falada) são ataques de dor intensa na face. O bicho pega de forma neuropática. Na verdade, qualquer crise de dor incapacitante, que venha do nada, pode ser considerada um episódio de paroxismo. Ela vem e vai embora numa visita relâmpago, não fica para o jantar.
O paroxismo tem relação direta com lesão, especialmente de nervos. Tratar a lesão e/ou controlar o problema é a melhor forma de prevenção dos episódios abruptos. O que fazer? Esperar, esperar e esperar passar. Porque vai passar. E se o episódios de dor paroxístico diminuíram ou não acontecem mais significa apenas uma coisa: você melhorou!
E essa é a vida. Com seus dolorosos altos e baixos. E, ainda mais hoje em dia, que a tolerância a tudo e todos está bem paroxistica. Ser mais tolerante a dor, controlar a dor, aumentar as funções e ser mais feliz lhe garante menos paroxismo.
Artur Padão