Ruminando sintomas dolorosos? Conversa pra boi acordar!

Pensar, pensar e nada mais do que pensar na dor e nos problemas causados pela dor faz parte do universo de muitas pessoas com dor crônica. A isso, chamamos de ruminação. Isso mesmo. Exatamente o que os bois e vacas fazem quando comem pasto: eles mastigam, engolem e regurgitam de volta. E assim, repetidas vezes, ruminam o alimento para o digerir melhor.

Na dor crônica, o vem e vai dos pensamentos ruminam “o estômago” das pessoas, nunca são digeridos. Aquela mágoa eterna após a consulta médica, aquela sensação de lesão permanente após o exercício, aquele diagnóstico que não engulo de jeito nenhum ou simplesmente pensar o tempo todo que alguma coisa pode acontecer com a lombar. Essa é ruminação do estudo da dor.

O jeitinho brasileiro diz que a gente sempre encontra uma solução, do nosso jeito, para os problemas encontrados. Aqui, a solução é ruminar e ruminar sem dó nem piedade. A conversa é pra boi acordar, ou seja, é verdade. A ruminação é um dos vários passos para a depressão, um fundo vazio sem sentido, sem motivação e com dor.

Pode ruminar? Pode sim. Não pode é ruminar o tempo todo. E pensar na dor o tempo todo produz dor o tempo todo.

Bois e humanos ruminam. A diferença é que um pode pensar sobre o que ocorre e o outro age por instinto. Mas, o que fazer? Cuspir para fora ou simplesmente digerir? Ambos podem funcionar, o que não pode é ruminar.

“Rumination” ou “Rebolation” – “Rumination”!

Ruminar ou encarar? Sua escolha por mais ou menos dor.

Artur Padão

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