Desvendando os mistérios da dor: dispareunia

Na hora H, naquele momento íntimo do casal, hormônios à mil, começam os trabalhos para dar certo o plano dopaminérgico e endorfinérgico que você pensou para seu sistema nervoso. E como já dizia nosso poeta analgésico: “Capota levantada pra ninguém nos ver”, ou seja, é entre vocês 2 apenas.

E do nada, até mesmo nas preliminares, começa aquela dor terrível no membro ou membrana de ouro. Acabou o “fon fon” ali mesmo. A dor que ocorre antes, durante e após quando se está “naquilo”, que pode ocorrem em ambos os sexos é chamada de dispareunia (sem muito pazer). Vamos então desvendar esse mistério da dor.

A dispareunia é bem mais frequente nas mulheres e mais comum do que se imagina. São tantas as possíveis causas que ficamos perdidos(as) em entender o porque de tanta dor. Quando se tem uma causa orgânica (doenças ou patologias) com infecções, inflamações, reações a medicamentos, endometriose e afins, necessita de avaliação e tratamento específico. E quando não tem nada disso, por exemplo, pouca lubrificação, nervosismo, tensão muscular e afins, está na hora de colocar suas habilidades sensoriais em prática:

  • audição – – escute sobre o problema com atenção e siga o caminho das pedras
  • visão – – veja as curvas que você irá viajar e siga na velocidade da via
  • olfato – – uma fungada no cangote e afins
  • paladar – – censurado para menores
  • tato – – imagine seus dedos como uma pena (se for dor foi tipo Hiperalgesia) ou uma pegada mais forte (se a dor for tipo Alodinia)

Para dar certo e evitar/minimizar os episódios de dor, a regra é clara: quem manda é quem sente a dor. Veja as dicas mais dolorosas de todas as etapas potencialmente dolorosas para diminuir a ativação da rede neural de saliência (detecção de ameaça) ligada no 220v:

  • Pré preliminares
    “Copacabana, carro vai zarpar, todo lubrificado pra não enguiçar”
  • Preliminares
    “Um abraço e um beijinho, isso é que é viver” (vai dar certo, tenha fé)
  • Começou
    “Simbora, um, dois, três”
  • Durante
    “Ninguém sabe o duro que dei” (paciência é uma virtude para poucos)
  • Chegamos lá
    “Pra ter fon fon, trabalhei, trabalhei” (parabéns ao casal)

Para combater a dispareunia, para dar certo o que ambos querem, vai dar trabalho, mas é possível funcionar. E com isso, você nunca mais vai escutar “Carango” do Wilson Simonal como antes na sua vida! Fon fonrofon, fon fon!

Artur Padão

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