Bruxarias contra a dor

bruxa e dorNo dia 31 de outubro é comemorado o Dia das Bruxas, como um culto aos mortos em vários países como os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. A título de curiosidade, o nome Halloween veio da expressão “All Hallow Eve” (vigília de todos os santos), que era a noite das bruxas do 71. Entre o por do sol dos dias 31 de outubro e 01 de novembro ocorria a noite sagrada (hallow evening). Gostosuras ou Travessuras?

Muitas pessoas utilizam tudo quanto é tipo de “bruxaria” para se ver livre da dor: chás, poções mágicas, ervas, raízes. São opções baseadas em crenças familiares ao longo do tempo, da avó para a mãe, da mãe para o filho e do filho para a internet. Porém, diversas opções de tratamento para a saúde fazem parte deste pacote e são oferecidas com base em crenças dos profissionais.

Terapias do tipo gostosuras ou travessuras?

O oferecimento de algo milagroso para a dor é como doce na boca de uma criança. Gostosuras que liberam endorfinas ou serotonina são um manjar dos deuses, mas o que não é “terapêutico”, faz a mesma coisa. Exemplos são os tratamentos baseados no uso de chás de amsterdam, ervas do bob marley, “suco gummy”, pé de galinha e por ai vai. Isso não é tão científico, é do tempo da vovó. E dá certo! Nem tudo na vida é evidência científica.

Não faltam opções milagrosas na fisioterapia e na medicina, ou profissionais que oferecem “a cura para a dor”. Não é pela falta de ciência ou teoria, é pelo óleo de peroba mesmo. Travessuras técnicas misturadas, emboladas no placebo e com um fio de azeite de peroba, fazem com que muitas pessoas encontrem seus gurus ou mestre dos magos. Para ser um bom profissional, basta ser bom.

Sem citar nomes de técnicas, intervenções, conceitos ou tratamentos, fica a dica: óleo de peroba na salada é uma ótima opção milagrosa contra a dor. Um feitiço manual, corrente elétrica cheia de mistérios, gancho de vudú, “fita vermelha” com a baba da mãe, um estalo de alto e bom som. Essas são nossas travessuras, algumas científicas, outras como crenças de guru. No final das contas, para o paciente brasileiro, não importa muito. Basta ter alívio da dor.

Quanto menos científica for nossa ciência dolorosa, mais “bruxas do 71” teremos. É difícil combater os “Harry Potters” da dor e principalmente aqueles “você sabe quem”. Mas, tem pra todos! “Xô Satanás”!

Artur Padão

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