Técnicas ativas e o alivio da dor – “minha pilha duracell”

dor e duraQuando pensamos nas técnicas ativas, logo vem a cabeça o exercício físico e mexer o corpo. Mas, pense nas técnicas ativas executada diretamente pelo paciente, ou seja, aquele que está sentindo dor. “Ele mesmo vai resolver sua própria dor”, só que com uma “ajudinha dos universitários”.

O que queremos com as técnicas ativas? Queremos que elas durem, durem, durem, igual a pilha duracell, campeã mundial de energia numa pilha só. Queremos “consertar” o curto circuito cerebral, queremos mais analgésicos naturais circulando e queremos mais saúde prolongada.

O efeito das técnicas ativas, de uma forma geral, dura mais tempo, é ótimo, dá uma sacudida nos neurônios, mas as vezes demora para aparecer, não é tão rápido assim. Nosso sistema nervoso, quando está nervoso e mais sensível do que o normal (sensibilização central), não dá o braço a torcer facilmente. É preciso insistir e não desistir. Vai dar certo, mas pode demorar.

Clique para acessar o a12v13n1.pdf

Na dor aguda, poucos pensam nas técnicas ativas como opção. Isso acontece porque associa-se frequentemente dor aguda à lesão de tecidos, tipo traumatismos, torções, inflamações e doenças. Mas, lembre-se que dor aguda é toda a dor que dura até 3 meses, tendo ou não lesão.

Podemos pensar em técnicas ativas na dor aguda sim. Por exemplo, no esporte, utiliza-se movimentos precocemente para “acelerar” a cicatrização, aliviar a dor e rapidamente reduzir os alarmes do sistema nervoso. E porque é tão mais simples? Não temos curto circuito neuronal no meio. Alongamentos, exercícios de contração isométrica, controle motor, biofeedback, imagética motora gradual e treino sensoriomotor, funcionam!

Já no universo da dor crônica, fica bem mais difícil garantir o momento de melhora ou para sentir os efeitos. Cada técnica ativa tem seu poder de efeito, sendo que algumas já foram estudas sim. Agora, as vezes as coisas funcionam melhor do que a gente imagina. Por exemplo, se você quiser usar o treinamento de força muscular para aliviar a dor, só vai conseguir esse efeito entre 4 a 8 semanas; o controle motor, pode ser bem mais rápido, talvez menos de 1 mês. Já os treinos sensoriomotores e comportamentais, podemos conseguiu isso muito rapidamente, talvez na mesma sessão.

Usando as técnicas “duracell”, conseguimos uma trégua entre os neurônios “Jedi e Sith”, aumentando a neuroplasticidade “gente fina”, equilibrando os sistemas que ligam nossos alarmes (nervoso, neurovegetativo, motor, endócrino, imunológico…); parar para pensar sobre isso tudo e agir / reagir de forma diferente (técnicas cognitivo comportamentais) e também liberando substâncias analgésicas pela regularidade dos exercícios físicos.

Técnicas “duracell” são ótimas, nós adoramos e funcionam. Só tem um pequeno e simples probleminha: tem que saber escolher. E essa, é a arte dos “Curtidores”. Para dar certo, tem que acertar a dose e conhecer o prazo de validade. https://dorterapeuta.wordpress.com/portfolio/controle-da-dor-acerte-a-dose/

Use duracell para se manter com menos dor e, quem sabe, deixá-la para trás.

(https://www.youtube.com/watch?v=9qRRfr9cn8I)

Artur Padão – Dorterapeuta

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.