Dizem por ai que uma mulher ganha o apelido de “Maria das Dores” quando a dor é sua conversa principal. Falar de dor para ela é como falar de futebol para ele, fica na ponta da língua.
Muitas mulheres se orgulham deste apelido, ainda mais aquelas que tem como nome e sobrenome. Acontece que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
O nome ou apelido “Maria das Dores” foi transformado pelas crenças religiosas ao longo das décadas e ganhou significados populares de uma mulher poliqueixosa e que aguenta o tranco do dia a dia.
Na verdade, para quem gosta de religião, “Nossa Senhora das Dores” ou “Mater Dolorosa” (Mãe Dolorosa) ou simplesmente “Maria das Dores” foi um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo de sua trajetória, mais que dolorosa por sinal.
Com semblante de dor e sofrimento, seu “comportamento doloroso” é evidente por sua expressão facial. Carregando responsabilidades divinas em suas costas, a Virgem Maria recebeu no ano de 1221 a missão de se tornar a Mãe de Todos os Homens e, para Jesus (seu filho), missão dada é missão cumprida.
Todos conhecem a história do nascimento até a crucificação de Jesus Cristo, cada religião com seus detalhes, mas com dor e sofrimento em todas elas. Por isso, a vida do “Nosso Senhor” custou a Virgem Maria as chamadas 7 dores de Nossa Senhora:
1. A profecia de Simão sobre Jesus (seu nascimento)
2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (risco a vida)
3. O desaparecimento do Menino Jesus por 3 dias (cade?)
4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (cruz nas costas)
5. O sofrimento e a morte de Jesus na Cruz (não recomendado)
6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (tenso)
7. O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (triste)
No domingo seguinte a sexta feira (dia de sua morte e por isso sexta feira santa), Jesus Cristo renasce contra todas as expectativas, na chamada ressurreição de cristo. Domingo de Páscoa!
Então, quem foi Maria das Dores? Para a religião, um ídolo a ser respeitado. Para os meros mortais como nós, um exemplo que mesmo na dor e no sofrimento, a vida continua. “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar…” Salve Rocky!
Artur Padão
Texto fantástico!