Não é de hoje que se estuda as diversas substâncias analgésicas naturais, como as endorfinas e a serotonina. Ambas são liberadas em um sistema chamado Modulatório, que é simplesmente uma gangorra da época de criança.
Sabe-se que esse sistema muda quando a dor é persistente e quando ocorre uma lesão no sistema nervoso. Por isso, a gangorra tente a ficar “meia boca”, mantendo o sistema em atividade excitatória. Apenas oferecer mais substâncias analgésicas em tratamentos parece ser insuficiente para equilibrar a gangorra (de castigo no topo).
Em alguns grupos de síndromes dolorosas como fibromialgia e chicote (famosa síndrome da tiazinha), observa-se que nosso sistema analgésico é incapaz de produzir analgésicos, mantendo o sistema nervoso ligado o tempo todo no 200v e mais ligado ainda quando recebe múltiplos estímulos. Chamamos isso de desinibição, ou seja, o sistema anlagésico está inibido, tímido, meio pra baixo e deixado de lado (gangorra para baixo).
Um estudo testou o funcionamento da modulação em pessoas com e sem queixas persistentes de dor. Parent et al (2015) procuraram saber como era a concentração das substâncias analgésicas no sistema nervoso central (ex. líquor) e periférico (ex. plama). http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25659204
O interessante resultado mostrou que a concentração no sangue dessas substâncias é diminuída, como a norepinefrina e metaepinefrina. A título de curiosidade, essas também são substâncias controladas pelo sistema cardiovascular.
Fica então a questão: porque pacientes com dor persistente (crônica) usam tanto analgésico? Será que estamos deixando a neurofisiologia de lado e forçando a barra? Eu acho que sim. Muitas das vezes quando insistimos em determinados tratamentos que falham, na maioria das vezes estes tratamentos são, em teoria, analgésicos ao paciente. Se não está funcionando, tem que mudar!
Fica a dica: Sistema cardiovascular + exercício físico = menos dor a curto e longo prazo.
Artur Padão