Dizem que traumas psicológicos marcam uma pessoa para sempre, independente do que seja. É uma memória dolorosa. Pesquisadores acreditam que podemos e devemos apagar memórias ruins que contribuem para a persistência da dor. Não sei se isso é uma boa.
O que era para ser uma feliz comemoração, quase termina em tragédia gastronômica. Os convidados aguardavam, as bebidas gelavam, os petiscos estavam acabando. Era um sinal de que o jantar precisava ser servido. Até os felinos ansiavam pelo momento.
Eis que a porta do forno se abre e o nhoque, brilhando, espera para ser retirado e servido. Mas, seu destino estava marcado para sempre. A travessa com 3 kg de nhoque ( suculento, tentador, nadando em molho de tomate) vira inteira na porta do forno. “Foi de propósito”? Perguntavam alguns transeuntes da cozinha.
Jamais um nhoque recebeu tal tratamento doloroso. Pasma, a dita como “dona do nhoque” corre para salvar 3/4 da maravilha culinária. Mas, pesquisas mostram que alguém leva o troco por um nhoque maltratado.
E não teve jeito. Dolorosamente, a pressão subir para quase 20, o mal estar tomou conta e a bronquite atacou pesado. Destino final: UPA de copacabana.
Acredite: nossas reações emocionais nos deixam com dor e doentes.
O nhoque sempre dá o troco!
Artur Padão – Dorterapeuta