Dizem que por traz de um grande rei existe uma grande rainha. Um reinado perfeito, como o cérebro, deve ter alguém que manda e alguém que cuida. Muitas vezes os papéis se invertem, mas na maioria das vezes é assim que funciona.
Quem manda na dor é o neurônio, nosso rei da dor. Ele está preparado para decidir sobre tudo. Na área rural ou periférica, o neurônio coordena diversas ações para o povo. Dentro do castelo, o rei da dor determina as funções de cada membro da corte.
Quem “cuida” do rei, ou do reinado, é nossa rainha da dor: a glia. Ela protege, sustenta, organiza a casa, alimenta, relaxa e também decide algumas coisas. Afinal de contas, quem “manda” mesmo é…
Divergências entre o rei e a rainha proporcionam uma reação dolorosa em grande parte das vezes. Problemas crônicos no reinado podem se agravar quando um deles deixa de habitar a terra dos mortais. As vezes o glutamato é o “vinho envenenado” do rei, causando sua morte precoce. As vezes outras “lady’s” tentam o trono da rainha, na chamada proliferação das células da glia.
A convivência pacífica entre o rei e a rainha da dor diminui as chances de termos dor no reinado. O neurônio e a glia precisam coexistir. Entretanto, sabemos que temos várias células da glia para um único neurônio. Ahhh rei da dor, espertinho hein????? Dizem que as mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Será que nossa rainha da dor é assim?
O rei da dor é o cara – – neurônio – – quem manda!
A rainha da dor é a lady – – glia – – quem cuida!
Vida dolorosamente real: quem manda sempre é a mulher!
Artur Padão