Se movimentar faz bem para tudo: saúde, nervos aflorados, juntas, ossos, músculos, pele e também para ter menos dor. O movimento alimenta o movimento. Parece uma grande novidade, mas nada disso.
A dor mais aguda, faz com que o corpo precise dar um tempo nos movimentos. Isso cria uma zona de conforto e uma redução do nível de atividades. Pura proteção do nosso sistema. Natureza sábia, que nos coloca dentro de uma “casca, uma cápsula protetora”.
Vivenciar dor persistente é trazer alguém para o repouso, talvez contra sua própria vontade. Isso não é nada bom, pois o movimento pode se tornar um “inimigo meu” mantendo a casca dura como pedra, quase inquebrável. Movimento contra movimento = repouso e incapacidade. Mas, mesmo assim, muitas pessoas “seguram o rojão” e conseguem tocar o barco, seguir em frente, encarar, mesmo com dor. Afinal de contas, “pão, leite, arroz e feijão precisam chegar na mesa, né?
Como usar o movimento a favor?
Basta começar um programa de exercícios físicos ou aumentar o nível de atividades. Isso, como a ciência fala, libera substâncias analgésicas, lubrifica as juntas, fortalece os músculos, neurônios e deixa a mente livre. Tão simples assim? Longe disso.
Pessoas com dor não curtem se movimentar (você gostaria?) É a mesma coisa de você ter que ouvir uma música que realmente não gosta. Os neurônios querem “bater em retirada”. Transformar o movimento em algo diferente e que tenha impacto na vida é sim um importante desafio para quem não curte.
Não interessa quantas evidências possam existir. Se você não entender o que o paciente com dor precisa ou quer, vai “tatear”. Por isso, protocolos de exercício falham em muitos casos pois não levam em consideração as individualidades. E o que o paciente precisa ou quer? Não sei, pergunte. Quem procura, acha!
O que pode motivar uma pessoa com dor a se movimentar? “Quem tem boca vai a roma”:
– A possibilidade de ter menos dor
– Ter mais controle, autonomia
– Menos limitação
– Sair de casa
– Conhecer pessoas
– Talvez recuperar o tempo perdido
– Brincar com os filhos sentados no chão.
– Se sentir útil muitas vezes
– Aliviar o estresse
Se recuperamos o movimento, trazemos saúde. Isso inclui autonomia e “liberdade pra dentro da cabeça”. Isso inclui alivio da dor.
Artur Padão