Com tanta menção as bandeiras amarelas na pista, com tanta informação sobre a produção de dor pelo cérebro e com a supervalorização de uma visão mais holística, será que estamos abandonando o BIO???
Entendo que tudo tenha um fundo psicológico, pois separar mente e cérebro é como separar a mônica de seu sansão. Não dá pra separar DOR de físico e psicológico também.
O momento atual das pesquisas em dor é trazer a tona o cérebro e a mente, misturados e entrelaçados. Mas, na verdade, estudam tudo separado. Eu não concordo com isso pois tentamos sempre separar tudo para estudar depois tudo junto. Fica meio ilógico, como estudar o cadáver para depois estudar o vivo.
Em meio ao que dizemos psicossocialmente, me parece que a ansiedade, o medo, a depressão, as relações sociais e outras coisas a mais ganharam o espaço BIO de ser.
Talvez, a gente esqueça que todos esses fatores refletem diversas reações motoras, posturais, na quantidade e qualidade do movimento, em pontos gatilho miofasciais, em mais inflamação, em liberação constante de substâncias sensibilizantes = sensibilização periférica = nocicepção = aumenta a chance de doer.
Leve em consideração o BIO, tudo o que pensamos, processamos e agimos se reflete no corpo – – senão: “duas xícaras de indiferença e um tablete e meio de preguiça”
Artur Padão – Dorterapeuta