“Se correr a dor te pega, se ficar a dor te come”
Esse é o lema de pessoas que sofrem lesão no sistema nervoso, que podem evoluir com dor neuropática (dor nos nervos, nervos a flor da pele, dor nervosa).
A definição mais recente de dor neuropática (Jensen et al, 2011 – www.iasp-pain.org – teminology) diz: dor causada por lesão ou doença no sistema nervoso somatosentorial. Então, isso significa que precisa ocorrer um dano / lesão seguida de dor. Isso é um tanto quanto questionável, pois sintomas neuropáticos como queimação, dormência, formigamento ou choques também são queixas em pacientes sem lesão no sistema nervoso. Dor crônica, por exemplo, temos esses descritores o tempo todo.
Lesão ou doença no sistema nervoso pode ser permanente, portanto a dor também. É estar a dois passos da dor crônica. Controlar esta condição o mais rápido possível minimiza ou evita a cronificação da dor.
ok ok ok…Como sei que a dor é neuropática? Um sistema de classificação ou algoritmo foi proposto por Treede et al (2008). Use também o DN4, o LANSS e o Inventário de Dor Neuropática…Vamos lá curtidores…
Critérios:
– – deve haver uma hipótese clínica sobre a distribuição da dor ser neuroanatômica possível
– – o paciente deve ter uma história clínica de lesão ou doença no sistema nervoso
– – confirmação:
a. achados positivos (hiperestesia, queimação, disestesia, alodinia) ou negativos (hipoestesia ou anestesia, paresia ou plegia, atrofia) no território de inervação da estrutura neural correspondente.
b. testes diagnósticos confirmando a lesão ou doença no sistema nervoso
ex. RMN, ENMG – Teoricamente o exame clínico neurológico
a + b = dor neuropática com toda a certeza do mundo
a ou b = é possível, é possível
nenhum = improvável, cai fora
E se for uma disfunção????? HEHE “Nunca vi rastro de cobra, Nem couro de lobisomem, Se doer o bicho pega, Se ficar a dor te come, Porque eu sou é home”… com dor neuropática.
Artur Padão – Dorterapeuta