Começando a primeira de 3 partes sobre dimensões da experiência dolorosa, contaremos com a ilustre presença da dimensão “sensitivo-discriminativa”. Ela explica os motivos de saber o que sentimos e onde sentimos.
O “sensitivo” nos ajuda a dizer como é a dor, por exemplo, se é em peso, queima, cansa ou tem formigas andando no pé. Detalhar as “sensações sentidas” depende também de experiências prévias para compararmos uma com a outra. Se uma pessoa com dor tem dificuldade em dizer como é sua dor, promova uma “ajudinha dos universitários”, não morde.
Já o “discriminativa” se refere ao local do corpo que dói. Dores que são facilmente localizadas ou “tocadas” mostram que existe uma boa discriminação, ou seja, o sistema nervoso está funcionando normalmente. Porém, quanto mais espalhada e difusa for a dor, mais distorcida será a discriminação do local que dói. Isso mostra que o sistema nervoso está meio em curto circuito e com dificuldade identificar corretamente a localização do sintoma doloroso.
Uma das formas mais simples de registrar a dimensão sensitivo-discriminativa é usar um mapa corporal, também conhecido como diagrama corporal, que na maioria das vezes mostra um desenho do corpo humano de frente e costas. O paciente desenha, pinta, rabisca, marca um X da xuxa, um ponto, uma bola ou o que for definido para sabermos aonde dói. Em cada local, é possível termos formas diferentes de dizer como dói, como vimos acima no “sensitivo”. Um detalhe importante: Não serve como livro de colorir para aliviar para aliviar o estresse 🙂
Aguarde e confie: a próxima dimensão da dor será inesquecível!
Artur Padão