Uma senhora, dona da casa, organizadora de todos os afazeres, precisou mudar sua rotina após o adoecimento de um parente próximo. Ela então aumentou seus esforços, seu estresse, a tensão diária e, claro, começou a ter mais queixas de dor. Esperado né?

Aquela velha dor nas costas e a cefaléia crônica voltaram com força total, e estavam perturbando sua rotina. Um dia, conversando com ela, perguntei como ela estava “segurando a onda”, tendo em vista sua situação atual. Veja sua resposta:

“Estou indo meu filho, tem que ir né? A gente vai lidando com as dores que já me atacam há muito tempo. Até minha fibromialgiazinha voltou também”. Aquele momento que você abre o olho com força, pensa e mantém o interesse na conversa. Pergunto: “Mas, a senhora tem dor andando no corpo, em todo o corpo, cansaço crônico, problema para dormir, bla, bla, bla?”. Segue a resposta: “Iihhh, tenho nada disso não, só a fibromialgiazinha mesmo que me ataca nas costas”.

Bom, isso justifica as várias críticas sobre o “diagnóstico” de fibromialgia. As pessoas realmente, da forma com esta Senhora fala, acham que tem fibromialgia, talvez por estar correndo pela mídia e pela boca do povo, ou porque recebem tal “diagnóstico” de um profissional de saúde. Essa distorção entre “o que é o que é”, vejo todos os dias. Enquanto isso, os diagnóstico aumentam no Brasil e as pessoas são tachadas de fibromiálgicas, sem na verdade serem. Lembre-se: se você se entitula fibromiálgico, então está dizendo que você é a própria doença? Uma coisa só?

Veja outras publicações sobre o tema:

https://dorterapeuta.wordpress.com/portfolio/eu-tenho-fibromialgia-e-isso-mesmo/

https://dorterapeuta.wordpress.com/portfolio/fibromialgia-a-nova-moda-diagnostica-brasileira/

Artur Padão – Dorterapeuta