Nesta última parte iremos descrever a classificação que os profissionais mais adoram, porém a mais problemática de todas.
A classificação da dor quanto a origem determina que existe uma causa para a dor, sendo dividida em 3 itens: nociceptiva (somática e visceral), neuropatica (periférica ou central) e psicogênica.
Quando dizemos que existe uma causa para a dor, estamos dizendo de onde ela vem. Lembre-se!
A origem nociceptiva diz que a dor ocorre por ativação dos nociceptores dos tecidos do corpo (musculoesqueleticos, pele, vísceras). Isso significa que uma lesão provavelmente “ligou” nossos sensores de ameaça.
A origem neuropática diz que a dor vem de alguma doença ou lesão no sistema nervoso somatosensorial, ou melhor, dos nervos, medula ou cérebro.
A origem psicogênica vocês já sabem né. É causada pelo estado psicológico. Vem da cabeça e não da loucura.
Olhando para esta classificação, existe a preocupação de identificar uma causa específica para a dor. Eu acho que essa busca é a maior furada. Chocado(a)?
Nosso cérebro não está nem aí se você acha que são os nervos, discos da coluna, intestino ou os pensamentos que causam dor. Nosso cérebro entende que a nocicepção, o dano ou doença nos nervos e os pensamentos loucos são uma ameaça. Por isso, muitas vezes, nos protege produzindo dor.
As vezes o cérebro está tão sobrecarregado que dispara dor “sem pensar direito”. As vezes ocorre um curto circuito. Um cérebro saudável produz respostas saudáveis.
Portanto, o nível de ameaça é mais importante que a origem.
Quem sabe não aparece a parte 4, mais ousada e interessante?
Artur Padão – Dorterapeuta