Nesta segunda postagem, vamos colocar em prova o que todo mundo faz quando está com dor: diz ou coloca a mão aonde dói. A classificação da dor de acordo com a localização é uma das primeiras características a serem descritas pelo paciente.
A localização da dor pode ser registrada diretamente no prontuário, descrevendo-se a parte do corpo que dói, por meio de um mapa ou diagrama corporal para que o paciente possa desenhar, pintar e rabiscar a vontade.
Então, como classificar isso? Vamos utilizar 3 ítens possíveis na classificação: localizada, regional e generalizada.
A “dor localizada” significa que o sintoma dor ocupa uma pequena área do corpo, um ponto específico, que é facilmente identificado pelo paciente. Quanto mais localizada for a dor, quando é fácil para o paciente apontar aonde dói, o sistema nervoso está pouco sensível (pouco sensibilizado). Porém, se existem múltiplos pontos de dor espalhados pelo corpo, o sistema nervoso já não curte muito não.
Entende-se por “dor regional” aquela que ocupa uma área maior dor corpo, por exemplo, toda a região do ombro, joelho ou lombar, que pode espalhar para outras partes do corpo, mas está concentrada em uma região específica. Neste caso, o sistema nervoso está meio vermelho-nervoso. O paciente não consegue identificar um ponto específico, mas sabe dizer que tem uma região mais dolorida que a outra.
Já a “dor generalizada” significa que dói o corpo todo, ou seja, da ponta do fio de cabelo na cabeça até a unha do pé. O sistema nervoso está em alerta máximo, super sensível, irritado, estressado, nervoso, dolorido e chiliquento. Tudo dói. O paciente só sabe dizer que o corpo dói, nada mais nada menos.
Observem: quanto mais localizada for a dor, menos sensível está o sistema nervoso e quando mais espalhada pelo corpo, mais sensível o sistema nervoso está. Por isso, condições crônicas tendem a arrancar nossos cabelos e levam tempo, tempo e tempo para apagar o incêndio. É como se tivesse algo alimentando o fogo. Tem que cortar o mal pela raiz.
Pense nisso antes de escolher um tratamento. São momentos diferentes para intervenções diferentes. Muitos tratamentos falham pois acreditamos que irá funcionar da mesma forma para qualquer pessoa. Falha Nossa!
Artur Padão – Dorterapeuta