Em situações de necessidade, conseguimos nos adaptar a diversas condições ambientais, faça chuva faça sol faça frio faça vento – ou a dor.
Falando de dor, nosso sistema nervoso é altamente sensível para perceber perigos reais e imediatos, sejam físicos, psíquicos, sociais, ambientais…se estamos em perigo, nosso cérebro pode produzir dor para nos proteger.
Se a dor persiste, então o perigo persiste?
Parece que sim. Ou melhor, o cérebro acha que sim. Isso mantém o sistema em alerta vermelho, deixando nossos sensores mais sensíveis e reativos a qualquer coisa. Imagine várias mulheres na tpm ao mesmo tempo e no mesmo ambiente. Sem mais!
Mesmo com dor, as pessoas tem que tocar a vida e a rotina. Dizem que quanto mais pro ativo você for ou quanto mais você conseguir se virar (locus de controle interno) melhor será sua adaptação a dor e mais ativamente irá enfrentar isso. Caso contrário, quanto mais passivo e mais dependente se tornar (locus de controle externo), mais dificuldades e incapacidades terá.
O brasileiro fanfarrão é super criativo na hora de se adaptar. Vide as diversas propagandas e notícias com óleo de peroba que vemos e ouvimos. O músico brasileiro adora escrever sobre dor, ou seja, adora sofrer e mostrar seu sofrimento.
A adaptação a dor persistente é uma arte neurofisiologica, com uma pitada psicológica e folhas de capacidades. O sistema se mostra imperfeito para controlar a dor, mas muito perfeito para manter a dor por lá.
Seja um Curtidor! Curta estudar dor, mas não curta sentir dor.
Artur Padão – Dorterapeuta
Gostei.