Quando aplicamos um tratamento, vários fatores justificam o alívio da dor, inclusive o efeito da técnica em si. O que as pesquisas fazem é tentar controlar o máximo deles, para que o efeito puro da técnica tenha a opção de aparecer. Muitas vezes a ciência dá um tiro no pé.
Segue abaixo alguns fatores inseridos e bem conhecidos em um tratamento:
- Acaso – – representa 5 a 10%
- Placebo – – 30 a 40%
- Efeito da técnica em si – – 40 a 60%
Segue abaixo alguns fatores inseridos e frequentemente ignorados em um tratamento:
- Expectativas e crenças positivas
- Psicofisiológico
- Empatia e confiança na relação terapeuta x paciente
- História natural do problema
Se olharmos, por exemplo, para a dor lombar crônica, os melhores resultados de eficácia de um tratamento chegam no máximo a 40%. Isso quando olhamos para o efeito da técnica em si. Desta forma, o poder de efeito das técnicas não é tão grande assim como é vendido, certo?
Quando olhamos para a dor lombar aguda, na maioria dos casos, a história natural tem mais poder de efeito do que as técnicas analgésicas. Vários estudos mostram que o paciente melhora independente do que seja proposto para o controle da dor.
Não podemos ignorar os outros fatores que produzem alívio da dor e estão inseridos nos tratamentos. Eles também mexem nos neurotransmissores, nas susbatancias analgésicas e nas reações dos nossos sistemas. Mas, as quantidades de efeito podem mudar de acordo com cada contexto, uns mais outros menos.
E no estudo da dor, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Cabe a você transformar em mais ou menos dor.
Artur Padão – Dorterapeuta