Prêmio IgNobel 2015: bizarrices dolorosas 

dor e bizRealizou-se mais uma edição do Prêmio IgNobel para as descobertas científicas mais estranhas do ano. Este prêmio foi criado pela revista de humor científico “Annals of Improbable Research”. São resultados que funcionaram na prática, mas o passo a passo para chegar lá chamam a atenção muitas vezes pela criatividade, raridade e bizarrice.

http://www.improbable.com/ig/2015/

http://hypescience.com/ig-nobel-2015/

Tudo em nome da ciência, mesmo que seja doloroso! Vamos ver os dois experimentos que estudaram a dor.

Um dos grande destaques desta noite foi o experimento premiado na categoria Fisiologia, onde a dor foi classificada a partir de picadas de abelha em diversas partes do corpo. O “ensaio clínico” bizarro contou com apenas um participante, o próprio autor. Ele testou picadas de abelha por 5 segundos em 25 partes diferentes de seu corpo, deixando o ferrão da abelha por 1 min. Ele mesmo dava uma nota para a dor de 0 a 10. As regiões menos doloridas foram o crânio, a ponta do dedo médio e o braço, com média de 2.3 na escala de dor. As mais doloridas foram a narina (9.0), pênis (7.3) e lábio superior (8.7). Ui. Trabalho publicado no “Journal PeerJ” – https://peerj.com/articles/338/ (fator de impacto 2.1).

O experimento premiado da categoria Medicina Diagnóstica foi um trabalho que usava como critério diagnóstico da apendicite aguda a intensidade da dor referida pelo paciente o passar por quebra molas enquanto dirigia seu carro até o hospital. Sessenta e sete pacientes tiveram aumento abrupto da dor na região inferior abdominal ao passarem por quebra molas e todos tinham apendicite aguda.

Enfim, bizarrice para sentir dor tem de montão. As pessoas se submetem a dor quando querem algo em troca, vide os procedimentos estéticos de uma forma em geral.

Se você tem algum experimento bizarro sobre dor, a hora é essa.

Artur Padão – Dorterapeuta

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