Como os amigos dolorosos já sabem, o uso de técnicas passivas para o alivio da dor é universalmente conhecido. Massagem, mobilização e manipulação articular, neurodinâmica, correntes elétricas (TENS dor), som, bandagens, termoterapia, acupuntura, medicações e por ai vai.
Como os curtidores já sabem, as técnicas passivas produzem um efeito no alivio da dor chamado papaléguas – veloz, rápido, abusado, eficiente no que faz e que some rápido.
http://www.scielo.br/pdf/rdor/v13n1/a12v13n1.pdf
Quando pensamos na dor aguda, o efeito de técnicas passivas tem tudo para dar certo e ser um sucesso. Com um sistema nervoso menos nervoso e menos “frescal”, as diversas estações periféricas e centrais de modulação conseguem funcionar a todo vapor. Os pacientes adoram, evoluem rapidamente suas funções e seguem suas vidas.
Quando pensamos na dor crônica ou persistente, o efeito é bom, mas não é uma brastemp para muitos. Apesar do alívio da dor e do conforto pela “passividade”, o efeito tende a ser insuficiente, mesmo que você use várias técnicas passivas em um mesmo atendimento. Ou que você use múltiplas medicações ao mesmo tempo.
Mesmo assim, as técnicas passivas são o porto seguro de pacientes e terapeutas, justamente pela capacidade de trazer alivio da dor em um curto espaço de tempo. Curto mesmo, as vezes em segundos ou minutos. Bruxaria? Impressões a parte, a ciência tem mostrado como as técnicas passivas agem no sistema nervoso, ligando a modulação inibitória e liberando substâncias analgésicas no sangue e dentro do próprio sistema nervoso.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19027342
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17483960
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18316238
Técnicas passivas podem causar dependência, sabia? As vezes o efeito é tão bom, que o paciente só quer aquilo, especialmente as técnicas que “mexem as cadeiras opioidicas”. Mais uma dose é claro que eu to afim…E se você diz que é isso que vai resolver, o paciente só pensa…naquilo! Se insistir, o porto se torna inseguro!
Por mais que seja um porto seguro, em algum momento temos buscar a duracell, que dura, dura e dura. Ou seja, buscar uma técnica para o efeito no alivio da dor dure, dure e dure. As técnicas papaléguas são um bom começo, mas não necessariamente a melhor opção – não duram para sempre!!!!!!!
Bip Bip – – dói menos – – dura menos – – Bip Bip
Artur Padão – Dorterapeuta
Caro Arthur , eu acredito na cura da dor crônica , quando passivamente, ativamos e agudizamos a dor mudando o quadro então teremos
dor o seu controle desde Papalégua até chegarmos numa Brastemp ativamente.