Poucos são os tratamentos conservadores que conseguem um efeito rápido e eficiente como a liberação miofascial. Em menos de 1 minuto o terapeuta é capaz de aliviar a dor sim (as vezes, claro!). Não é a toa que muitos profissionais de diversas áreas adotam condutas em sua prática diária, mostrando ao paciente que ele pode sim ficar melhor de toda a cronicidade dolorosa.
A liberação miofascial é amplamente difundida no meio doloroso, em tratamentos simples, complexos e até mesmo pré exercício físico. Os relatos são: “aperta mais forte, deixa doer que melhora, vai fundo com o cotovelo”. As pessoas simplesmente adoram. E porque querem sempre mais?
Uma das possíveis explicações para este “quando acaba a gente quer de novo” está no nervoso sistema nervoso. Se a liberação miofascial for dolorosa, meio que obriga o sistema a reagir e produzir substâncias analgésicas, provavelmente pela via opioide (da nossa amiga endorfina). Isso dá uma desacelerada no sistema nervoso, causando mais relaxamento e sono. Mas, nem todo mundo tem essas reações.
Outra possibilidade é que a liberação miofascial ajuda demais no ganho de função e no retorno à atividades. Talvez por isso, as pessoas se motivem a encarar novamente os fantasmas do movimento. As pessoas sentem falta destes efeitos quando eles acabam. Será isso a curto prazo bom e a longo prazo ruim?
O que sei é que funciona bem. Então, o que funciona a gente continua usando e o que não funciona a gente troca. Simples? Apenas se você souber abrir mão 🙂
Use o efeito “Baby da Silva Sauro” a seu favor, mas sempre dando um passo adiante. Ficar eternamente assim, meio que cria uma dependência. E com o sistema opioide é assim.
A dor pode acabar, a liberação miofascial funcionar, mas não quero sentir dor de novo.
Artur Padão
Caro Artur
Voce ja deve ter tratado de dor orofacial de origem neuripatica devido a lesao na inervação da mandibula como sequela de cirurgia ortognatica, não é mesmo.
Estou vendo o seu blog mas vc nao abordou a Dor Neuropática, por que?
Um abraço
Paulo Alves