Vários estudos vem mostrando que ouvir música ajuda no alivio da dor, da ansiedade, depressão, estresse, humor e afins potencialmente dolorosos. Quem não gosta de uma boa música? Agora, música boa hoje em dia está bem difícil pelo visto (a gosto do freguês, claro).
Praticamente os estudos que tentam entender os efeitos da música no alivio da dor são de música clássica. Não combina muito com exercício físico, mas gosto não se discute. O importante é escolher a sua trilha sonora que combine com você e, claro, com o ritmo do exercício. Vários detalhes de uma música fazem você ter atenção total na música e, isso é um prato cheio para você ignorar um pouquinho sua dor persistente.
Em exercícios de baixa intensidade, a música pode inibir a sensação de cansaço e reduzir a percepção de esforço. Durante a corrida (moderado a intensa), a música faz a gente se desconectar do ambiente, perder a noção do tempo ou não ver o tempo passar, o que é chamado de “estado de flutuação”, quase um cannabis interno (não curto cannabis externo).
Mas, vamos lá. Qual música escolher se você tem dor? Segue as melhores dicas disponíveis pela ciência dolorosa pessoal, única e prática.
Se você está com aquela velha dor lombar de sempre, nada como encarar uma caminhada ouvindo músicas que você acha relaxantes, como “Stop the train” (John Mayer), “Epitáfio” (Titãs) e “Esquinas” (Djavan). Isso também serve para os tipos de exercícios ao estilo “passeio no shopping”.
Mas, com dor de cabeça, ouvir música de fone de ouvido pode te irritar muito. Então, não perca tempo. Cante mesmo, ou use um fone largo. Sugiro “Don’t be cruel” (Elvis Presley), Sunday Morning (Marron 5) ou “Tendo a lua” (Paralamas).
Agora, quer sentir os efeitos das endorfinas? Então partiu para os exercícios moderados a intensos. Se você não está preocupado com nada, apenas em suar a dolorosa camisa, então: “Hello” ou “Roll with it” (Oasis), “Operation spirit” (Live), “The trooper” (Iron Maiden), “Stadium arcadium” (Red Hot), Perdidos no espaço (Legião), Tudo mudar (Charlie Brown) e Time (Angra).
Para realmente marcar, focar no ritmo do exercício e ignorar a dor, escolha músicas bem batidas, com uma marcação de bumbo de bateria ou eletrônica. Fica a dica da imbatível “Mission” (Rush), além de “Beyond this life” (Dream Theater), “Times like this” (Foo Fighters), “Knights of cydonia” (Muse), “Dreams” (Van Halen) e Papercut (Linkin Park).
Caso você nunca tenha ouvido falar nas bandas / músicas ou ignore completamente as dicas analgésicas de um bom rock and roll (50% da preferência para realizar exercícios), faça sua “playlist”. Porém, fica a última dica para evitar ou minimizar possíveis crises de dor: axe, sertanejo, pagode, brega e alguns sambas provocam “dor de cotovelo”, “dor na consciência” e “dor tourácica”. Gosto não se discute 🙂
A escolha pela música e pela dor é uma decisão do cliente!
Bom treino e sem dor!
Artur Padão