Aquela pergunta de um milhão de curtidas: quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? A dor ou a depressão? Pesquisas mostram que entre 50 a 80% das vezes a dor vem primeiro e depois a depressão. E a recíproca também é verdadeira, primeiro a depressão e depois a dor.
Mas, na verdade, no final das contas, tanto faz ou tanto fez. Esse é o clássico, famoso, “old school” e super atual “efeito tostines”. Para os desavisados de plantão, isso já era conhecido lá nos anos 80: https://www.youtube.com/watch?v=tJ-BKu-WUEk
Interessante observar que ter dor persistente deixa a pessoa deprimida, claro. Ninguém merece ficar com dor o tempo todo ou sentir dor regularmente. Sintomas depressivos ficam na área, mexem com os hormônios, mexem com nossos analgésicos naturais. Mas, se a dor seguir seu caminho longe do corpo, a depressão melhora.
O oposto depressivo também provoca dor, fato! A depressão é uma das principais comorbidades associadas a dor crônica, e realmente atrapalha demais os passos adiante na recuperação. Se a depressão é a base, então a dor viaja pelo corpo, mexendo também em nossos “cannabis internos” e desequilibrando nossa gangorra analgésica.
O efeito tostines é um grande amigo desta relação entre dor e depressão. E tostines era a melhor marca de biscoito de sua época. Não porque tinha o melhor sabor, mas porque sabia vender seu peixe de forma brilhante.
Nesta amizade colorida entre dor e depressão, fique de olho neste trio parada dura: desesperança, idéias suicidas e perda do interesse sobre as coisas
A marca tostines já teve seu tempo, mas o que fica é seu efeito. A dor tem seu tempo, a depressão também, mas o que fica é o resultado final disso: o paciente na M%*&!
Artur Padão