Quando estudamos a dor, o corpo e a mente, estamos acostumados a separar cada um deles. Dizem (nossos professores) que isso facilita o aprendizado para entender a contribuição e o que realmente significa cada um…teoricamente!
Entendo que separar estes 3 grandes temas é como pensar em separar os sobrinhos do tio patinhas.
Huguinho, Zezinho e Luizinho são irmãos gêmeos e inseparáveis. O que acontece com um, reflete no outro. Usam roupas de cores diferentes para serem facilmente reconhecidos (não é igual a Banda Supergress).
A parceria deles é invejável. Por isso, separa-los vai dar zebra com certeza. É a mesma zebra de separar dor, corpo e mente.
Como estudar o tema “dor” e acreditar que existe uma dor física (corpo) e psicológica (mental) em momentos distintos? SQN…
Dor é dor. Gera reações em nosso corpo e sempre provoca uma reação emocional, mesmo que não se saiba (ainda) dizer o que é ou dar um nome para tal emoção. Corpo e mente sempre estão interligados, em tudo, e não seria diferente na hora de sentirmos dor.
Os irmãos patinhas tem vários pontos em comum:
* Huguinho – Liderança – – Manda quem pode, obedece quem tem juízo. O cérebro é quem manda!
* Zezinho – Esperteza – – Como “os carioca”. O cérebro é carioca!
* Luizinho – Criatividade – – São tantas reações. Mesmo que você invente, quem cria nossas reações e emoções é o cérebro!
Separar a mente é dizer que a dor é da nossa cabeça, é dizer que é psicológica, é dizer que pode ser inventada.
Separar o corpo é dizer que a dor está no corpo, é valorizar o modelo biomédico, é tocar na ferida.
Separa a dor é virar um pseudo assintomático. Não pode ir embora pra sempre. Tem que estar lá na alegria, na tristeza, na saúde e na doença.
Artur Padão – Dorterapeuta