Todas as pessoas que eu conheço fazem algum tipo de alongamento, seja muscular ou de cabelos. Adoramos “esticar as juntas” e seguir em frente para as atividades.
Os efeitos do alongamento no alivio da dor são pouco estudados (pasmem), mas sabemos que ajuda a aliviar as tensões musculares e estresses. Pelo menos é o que todo mundo diz, certo?
Acredita-se que alongar um músculo produza efeitos mais no próprio músculo, aumentando seu fluxo sanguíneo e ajudando a remover substâncias irritativas e inchaços (ação na nocicepção). “Alongar nervos” é “cutucar a onça com vara curta”.
Quando estudamos os eventos que produzem nocicepção muscular, os sensores que captam as ameaçar ficam mais ativos quando o músculo está “sob pressão” e quando falta sangue (isquemia).
Na dor aguda, evita-se o alongamento inicialmente pois as respostas protetoras são intensas, como o famoso espasmo muscular. Isso não é uma regra.
Já na dor crônica, o bicho pega. Cada um diz uma coisa e quem se da mal é o paciente. Nesta situação, abra os olhos para as ciladas:
1. O quanto o sistema nervoso está sensível? Alongamento e sistema nervoso mais nervoso que o normal não combinam muito.
2. Os pontos dolorosos estão muito dolorosos? Não vai rolar alongamento assim.
3. Qual é a relação com o alongamento? Se você adora, manda brasa. Se você detesta, é pedir para ficar pior. “When love and hate collide”.
4. Você tem medo de alongar? Por algum motivo isso entrou em seu cérebro e não quer ir embora. Para vencer isso, nada como alongar com “muita calma e paz no coração” sob orientação. Funciona!
O alongamento, no meu caso, sempre é doloroso. Mas, se para você funciona bem, que mal tem?
Artur Padão – Dorterapeuta bem encurtado
GOSTEI DA PRIMEIRA LEITURA SOBRE DORES CRÔNICAS E ALONGAMENTO, VOU CONTINUAR LENDO, DEPOIS DEIXAREI COMENTÁRIO MAIS FUNDAMENTADO! OBRIGADA.