Como estamos todos carecas (vide a minha) de saber, a dor é uma resposta protetora a ameaça. Isso mantém um estado de alerta e vigilância, sem desligar nossos sensores, sem desligar os músculos, sem desligar o cérebro. Só se dando mal na verdade. Isso é normal no inicio e, se persistir, não é nada bom.
Uma das consequências mais difíceis de lidar pela persistência da dor, é dormir mal. Parece uma surra muscular todos os dias, cansaço, mal estar, estresse, mau humor e irritação. TPM sonolenta, só que mais frequente.
Dormir mal (sono ruim, sono não reparador, insônia, bla bla bla) impede que o corpo e o cérebro descansem. Estes são nossos principais consumidores de energia diária. Pessoas com problemas durante o sono podem ter dor generalizada (em todo o corpo) e nada ter a ver com fibro!
Dormir mal diminui a liberação do hormônio do crescimento (GH), o qual é super importante para a modulação inibitória da dor. Dormir mal dificulta a reparação musculoesqueletica, então o cansaço parece eterno. Dormir mal é uma “D#$%!@e”.
Do colchão ao travesseiro – – os materiais que nos cercam para dormir fazem muita diferença. Colchão e travesseiros confortáveis podem fazer você dormir como um anjinho ou rolar na cama a noite toda (por falta de sono tá?) Materiais caros não necessariamente são os melhores. Talvez um braço amigo (a) né????
Da temperatura ao barulho – – o ambiente do sono deve “zen”. Barulho costuma atrapalhar, calor costuma ser uma peste e o frio intenso nem se fala. Meio termo é tudo. O frio excessivo aumenta a dor (já falamos disso). Agarrar a gatinha durante a noite para esquentar e aliviar a dor??? Pode sim! Cafuné??? Pode sim! Bafo e ronco na cara? Pode não!
Da ansiedade a vigilância – – manter dor a noite não desliga nosso alerta, mesmo deitado para dormir. Remédios podem ajudar (mais uma dose), relaxamento pode ajudar (relax), se exercitar regularmente pode ajudar (aumenta a liberação de GH)…sexo pode ajudar (mais endorfinas)…contar carneirinhos pode ajudar (distração)…
Da comida a bebida – – alimentos leves (não é novidade) ajudam a relaxar mais. O uso de álcool a noite também pode ser relaxante, mas cuidado com o excesso. O consumo moderado de álcool é fator protetor para a dor crônica (Homenagem ao Joga Onde Futebol Clube – JOFC)
Por favor Dor, não perturbe meu sono!
Artur Padão – Dorterapeuta