Tolerância a dor nos atletas: vai ou não vai?

Atletas amadores e profissionais tem uma capacidade maior de tolerar a dor. Superpoderes? Simples fato!

Existe uma adaptação a prática da modalidade esportiva diante de vários estímulos, em vários sistemas, o que permite ao atleta ter uma maior capacidade de tolerar a dor.

Mas, não é só isso. A tolerância a dor é uma medida subjetiva, cada um tem a sua, “aguenta o tranco” quem consegue. Isso também varia de acordo com o estado psicológico de cada atleta e, claro, se ele está afim ou não de suportar isso.

Atletas toleram a dor para alcançar seus objetivos. Não existe treino de alto rendimento sem alguma queixa de dor. Isso significa que a forma de lidar com as dores que envolvem os vários contextos para um atleta, vai ser decisiva para ele chegar aonde ele quer chegar. Quantidade de dor e quantidade de lesão não se cruzam assim.

Cada atividade desenvolve um capacidade de tolerar a dor diferente. Por exemplo, os atletas que praticam alguma luta como judo, tem de ser capazes de aguentar as dores durante as quedas no tatame. Mas, talvez ele não consigam se manter com dor muscular por uma corrida longa. No boxe ou MMA, se o atleta não tiver boas estratégias de tolerar a dor com golpes pelo corpo, rapidinho cai fora. Um corredor de longa distância está acostumado com a fadiga e a dor muscular ao longo do tempo de exposição a corrida, mas não se a corrida for de curta distância.

Se o atleta sente dor significa que ele está machucado? Não. Apenas está dolorido!

Se o atleta é intolerante a dor, perde rendimento, perde posicionamento e talvez queira abandonar o esporte. Aguentar a dor é preciso. Caso contrário, fica um abraço doloroso.

Artur Padão

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