O pão, a casca e a educação em dor

Diversos caminhos podemos seguir quando um tratamento é sugerido para o alivio da dor. Não faltam opções, se você acredita que já fez de tudo. Não é moleza ficar com dor, ninguém merece. Quando um profissional escolhe um tratamento, ele pensa (pelo menos esperamos que sim) e logo existe uma opção (graças a Deus).

Mas, o que será que vale mais? Ir direto na fonte ou ir comendo pelas beiradas? Para encontrarmos um melhor caminho, vamos conversar diretamente com ele, que tem mais de 6000 anos de idade, que traz fartura e religião a mesa das pessoas, o pão.

Tem gente que gosta de comer primeiro a casca e depois o miolo ou que devora logo de vez. Tem gente que não curte a casca. Gelado, quente, na chapa ou nas CNTP, não importa. A forma como você irá comer seu “pão nosso de cada dia” é uma forma de seguir no tratamento para a dor.

* Ir ferozmente no miolo, tirando a casca

Esse é o caso de lesões e dores agudas, onde se escolhe logo de cara um tratamento direto, sem medo de ser feliz, para controlar a inflamação no local e qualquer coisa direto na fonte: bolsa de gelo ou calor, injeções em tendões, apertar músculos doloridos, bandagens e agulhamento seco na acupuntura.

Tirar e comer somente a casca

De uma forma geral, esses são tratamentos incompletos, onde pode até ser que exista alivio da dor no início, mas falta um olhar salivante para o miolo. Isso, por exemplo, é o tratamento da fisioterapia oferecido pelos convênios, um dos grandes culpados pela cronificação da dor no Brasil. Um outro exemplo é apenas usar medicações e achar que tudo será resolvido. Nem sempre. A massa do pão desanda.

* Come todo o pão logo, vai

Tem gente que cai dentro em múltiplos tratamentos, faz de tudo e mais um pouco. Isso é bom, pois múltiplos tratamentos podem aumentar as chances de alivio da dor. Isso também é ruim pois não se sabe o que funcionou melhor ou o que não funcionou. As vezes, o somatório de tratamentos, no final, traz o sonhado alivio da dor.

Comer a casca e depois o miolo (com calma)

Esse é o famoso “comer pelas beiradas” e que funciona nos casos de dor crônica, especialmente aquela não controlada muito bem. As quantidades de tratamento devem ser oferecidas de forma progressiva, com calma e paz no coração, sem engasgar, sem afobação. De coisas simples a complexas; De pouca a muita pressão; exercícios leves até moderados e por ai vai.

Não adianta ser um pão velho, recém saído do forno, gourmet ou “enochato”. Nenhum pão sobrevive muito tempo até mofar, ou seja, taxi e uber chegam no mesmo lugar no final das contas. O caminho, vocês escolhem juntos. Só tem um pão que sobrevive ao tempo: o do Mc Donald’s.

Artur Padão

Um comentário sobre “O pão, a casca e a educação em dor

  1. Muito bem abordado
    Tendinite quadril há 8 meses
    Inúmeros médicos
    Tudo pago
    Fisioterapia top
    Não resolveu
    Vai e volta
    O que faltou
    Pode ter sido a expectativa é reabilitação mesmo com dor
    Exercícios antes da hora?

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