Os remédios mais consumidos em todo o mundo são os analgésicos, especialmente nos Estados Unidos, que “se alimentam” de cerca de 80% da produção mundial. No Brasil, os passos ainda são curtinhos.
O excesso e o uso prolongado de analgésicos opioides (derivados do ópio) pode provocar dependência sim, que ocorre em cerca de 22 a 25% dos casos.
Já dizia o poeta brasileiro brasiliense “Russo”: “Minha papoula da índia, minha flor da tailândia, éis o que tenho de suave”.
Fato! Quem consome assim pode rapidamente desenvolver tolerância, querendo mais dose de analgésico para ter o mesmo efeito. Fato! “Mais uma dose, é claro que eu to afim”.
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Muitas pessoas com queixa de dor aguda e crônica deixam de receber um controle adequado de dor por desconhecimento e preconceito, devido a crenças ao longo do tempo sobre a dependência e abuso dessas substâncias. Isso vem desde as guerras mundiais, sendo a morfina a grande aliada nesta época e atualmente uma vilã em potencial entre os que “nada entendem” sobre isso.
Não há problema em usar morfina (opioide forte), mas tem que saber usar. O profissional tem que saber prescrever (muitos não sabem) e o paciente seguir a risca as recomendações.
Acredito que o uso correto de analgésicos possa minimizar os efeitos adversos e ajudar no alivio da dor, permitindo os ganhos de função, reduzindo os alarmes do sistema nervoso (sensibilização central), reduzindo o sofrimento desnecessário (por ex, dor no câncer) e ajudando o paciente a seguir melhor sua vida.
Se você conseguiu um bom alivio da dor usando um analgésico, primeiro, agradeça a quem prescreveu e recomendou. Segundo agradeça ao “Mu, Kappa, Delta, Epsilon e Sigma, seus receptores de opioides no sistema nervoso. Todo mundo fica feliz assim.
Artur Padão – Dorterapeuta.