Os pseudo pilates: dolorosa realidade

dor e pilaEm 2004 tive o primeiro contato (emocionante por sinal) com o pilates, o conceito, os “aparelhos visualmente de tortura” e sua rotina de trabalho. Era uma novidade, parecia algo inovador e que viria com força a partir de então. E veio. Dominou o mercado em relação aos exercícios físicos da fisioterapia. Não dominou o mercado da educação física e do balé.

Como qualquer conceito proposto, o pilates nada mais é do que um conceito, uma filosofia e não um exercício ou técnica. Da mesma forma que a osteopatia, o maitland, mulligan, a estabilização segmentar, a quiropraxia. Insistimos em chamar os conceitos de técnica. E, quando isso acontece, tudo fica perdido. A técnica se torna mais importante do que qualquer coisa, até mesmo mais importante do que o aplicador.

O pilates é vendido no Brasil com pelo menos 10 faces diferentes. Cada uma querendo ocupar uma vaga no mercado e atrair os profissionais. Como não existe o menor controle, a partir disso, surgem os pseudo pilates, aqueles que querem transformar o pilates no que ele não é: uma técnica. Visão clínica? Conduta cinesioterapeutica? Dentro da água? Com bolas? No chão? No stand up paddle? Suspenso no ar? Na UTI adulta? Sério mesmo? Precisa de tanto nome assim para a mesma coisa?

Na terra de Malboro, não existe lei e todo mundo faz o que quer. Não existe um padrão de avaliação. Essa é a dolorosa realidade. Não basta ter excelentes profissionais que fazem do pilates o conceito que ele é. “Basta uma azeitona no tabuleiro de empadão para estragar tudo (odeio azeitona).

No meio disso, estão os pacientes que querem usar o pilates como opção para melhorar sua saúde. No final das contas, são eles que saem no “preju”.

Resumindo: Pilates é um conceito. Exercício é exercício. O prof educação física é o profissional que realmente aprende e sabe prescrever exercícios. O fisioterapeuta tenta. O médico chuta. E o instagram bomba de “artistas” e ex-BBB’s que prescrevem todo o dia. Terra de Malboro!

Artur Padão – Dorterapeuta

Um comentário sobre “Os pseudo pilates: dolorosa realidade

  1. Eu sou Educadora física, e acredito muito na técnica que escolhi( Pilates) como exercício e hoje com toda segurança lhe digo, reabilitei meu ombro, com o melhor que o Pilates me dar, tenho clientes que querem melhorar sua força, eu digo, então vamos malhar, dentro dos príncipios que a própria técnica nos oferece, sem exageros, cabe a ele crer, e eu faço muito bem a minha parte. O mais cabe a cada profissional focar no que seu cliente precisa, e deixar a aula de Pilates ser o que realmente é.

  2. Bom! concordo com tudo que foi dito, exceto com o último parágrafo, e como fisioterapeuta gostaria de me defender, já que não posso fazer pela classe toda, uma vez que existe péssimos profissionais também, e isso não é só mérito nosso. E por isso afirmo que não apenas tento aplicar o cenceito, como, aplico, prova disso tenho ótimos resultados. Não digo que sou A MELHOR, mas tenho buscado cada dia Ser Melhor.Amo o que faço.

  3. Sou g idiota tão Eita e tenho especialização em pilates. A técnica pilates tem fundamentação científica .
    existe uma fama de informação. .. onde , quando é porque devo escolher reabilitar com o pilates … . Tenho pacientes com padrões de postura inadequadas ( escolhos e, cifose) , até pacientes incontinência urinária
    hérnias discais. Artrose de joelho … amputações , AVE entre outras posso te afirmar com segurança … Não é um circo de malabarismo nem muito menos fazer exercícios por fazer … Pilates tem fundamentação científica comprovada e eficaz. Te reafirmo em minha prática de clínica os resultados são excelentes .
    E PRECISO TER UMA VISÃO CLÍNICA.

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