Epidemiologia da Dor no Brasil após a Copa do Mundo

epidemio dorTemos poucos estudos epidemiológicos sobre dor na população brasileira. Será que após o massacre da serra elétrica alemão teremos mais motivos para estudar quem tem dor no Brasil? Como poderemos aliviar tamanho sofrimento opcional?

Essa resposta já tinha sido dada a alguns anos atrás. A gente poderia ser feliz e não sabia (quase a música do The Fevers – – “famosa” banda de rock carioca dos anos 60). Temos apenas 1 chance em 7, mas vamos lá.

O principal estudo brasileiro até o momento foi realizado na população de salvador em 2008 por Sá e colaboradores, que verificaram uma prevalência de dor em 41.4% da população total do estudo (n=2297) por meio de uma entrevista (ao final coloco o artigo).

Esse é um valor superior a dor na população em geral (estimado).

Bom, o mais interessante e o que não está ajudando os sofridos optativos (sofrer por futebol = ninguém merece) são as respostas dos hábitos de vida. Consumir álcool de forma excessiva estava associado a ter dor crônica. Sei lá, provavelmente mais dor de cotovelo após dar uma fugidinha para a Fan Fest e a mulher flagrar o cara com uma hermana ou hermano. Ou talvez porque o sistema opioide não deu conta de mais uma dose. Lembrem-se que o sistema opioide é muito dose dependente: quanto mais dose eu mando pra dentro, mais dose eu quero (vale pagar 10 reais uma brahma ou 13 reais uma budweiser?) SQN!

Porém, quando eles consumiam doses moderadas de álcool, esse sim era um fator protetor para a dor crônica. Ficar então “meio embriagado” protege para a dor crônica (embriaguez frequente ou beber todos os dias = excesso de álcool). Leva o sistema opioide a se manter estável e feliz da vida. Se levarmos em conta o convívio social, quem fica embriagado se isola na calçada, dorme na praça pensando nela e dorme sobre os cotovelos na mesa de bar (resultado final = dor de cotovelo). Quem fica mais “altinho”, teoricamente, está mais relaxado, mais receptivo, mais comunicativo. Isso é uma boa opção para ultrapassar dores crônicas.

Temos então (de acordo com o poeta Russo):

– 2 medidas de estupidez – – achar que o brasil iria ganhar da alemanha e achar que a dilma vai entregar a taça.
– 34 partes de mentira – – “não vai ter copa”.
– 10 colheres cheias de burrice – – comprar ingresso em cambista.
– 2 xícaras de indiferença – – se o brasil ganha ou perde no futebol, pra mim tanto faz.
– 1 tablete e meio de preguiça – – sair de casa no meio da chuva em copacabana.

Relevância Clínica 1: modere sua vida e tenha menos dor.

Relevância Clínica 2: menos dor de cotovelo no país = não vote no PT.

Artur Padão – Dorterapeuta

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