A ciência dolorosa não perdoa: Pilates

dor e pilEm uma recente revisão dos estudos sobre o efeitos do pilates na dor lombar, os pesquisadores buscaram os principais artigos científicos da área. Dos 126 ensaios clínicos existentes, apenas 10 puderam ser avaliados, num total de 510 participantes dos estudos.

Quando o pilates foi comparado a intervenções mínimas (fazer um mínimo de tratamento), foi superior (claro né). O Pilates é um modelo que pensa (pelo menos deveria) em trabalhar o corpo de forma integrada, com um conceito mundialmente difundido.

Mas, será que o pilates é superior aos outros exercícios físicos? Não é o que todo mundo diz? Pois bem, a ciência dolorosa não perdoa. O pilates não é melhor do que outras formas de exercício. Apesar de ainda existirem poucos estudos de boa qualidade sobre o pilates, devemos pensar se vale a pena oferecer o pilates como solução para os problemas que envolvem a dor lombar. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD010265.pub2/abstract;jsessionid=ED6DEA452DE5D80E0953E92D4ED87D7E.f02t04

Outras formas de exercício como o aeróbico e fortalecimento muscular, controle motor específico e biofeedback já estão na estrada há bastante tempo e se mostram bastante eficientes pela ciência e prática clínica. Pensar que o pilates é apenas exercício físico é justamente não conhecer o pilates.

Mas, devemos deixar de pensar no pilates como uma opção? De jeito nenhum. Só não devemos achar que irá ajudar a todo mundo da mesma forma.

Ficar de cabeça pra baixo, pisar numa bola, alongar em cima de um tapete, respirar fundo e esticar molas não é pilates, desculpe. Isso você faz em casa e os meus gatos também.

Cuidado! Está cheio de pseudo pilates por ai: https://dorterapeuta.wordpress.com/portfolio/os-pseudo-pilates-dolorosa-realidade/

Artur Padão – Dorterapeuta

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